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Você sabe qual é a estimativa de participação da mulher no mercado (nas compras) ou o papel da mulher como consumidora?
Embora o homem ainda exerça um papel de forte consumidor, continuam em ascensão o poder de compra das mulheres e sua importância como consumidoras. Sua participação no mercado de consumo cresceu muito na última década e crescerá mais ainda. Hoje, 70% das decisões de compra, direta ou indiretamente, dependem delas.
O que a mulher leva em consideração na hora de comprar qualquer mercadoria?
As mulheres, normalmente, consideram-se, em sua maioria, pessoas delicadas e extremamente calmas. Mas rejeitam os adjetivos de submissas e desagradáveis, além de se considerarem modernas e organizadas. Se sentem bem gastando com alguns produtos, principalmente de uso pessoal, porém também se acham econômicas, principalmente em artigos que pesem demais o orçamento familiar. Com isso, a vaidade é admitida como uma característica presente nas mulheres, e com isso elas não economizam, fazendo até, alguns excessos. Claro que, a exclusividade do produto oferecido a ela, bem como a qualidade do atendimento são fundamentais para que uma empresa conquiste essa consumidora. E ela adora pechinchar!
Qual é o perfil da mulher ativa no mercado consumidor?
Nas últimas décadas, as mulheres invadiram o mercado de trabalho. Esse ingresso veio associado a transformações nas relações familiares e conjugais (como exemplo, o número de famílias chefiadas por mulheres encontra-se em constante crescimento). Esses avanços, no Brasil, no entanto, encobrem obstáculos importantes a serem superados no século XXI. Em outras palavras, as mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país. Porém, esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação direta com as funções que elas desempenham no espaço doméstico, tendo menor status social e demandando menor qualificação formal; consequentemente auferindo menor renda.
E, apesar de estudarem por um período mais longo, obtendo no setor industrial, por exemplo, um ano a mais de escolaridade do que os homens, a remuneração obtida pelos homens é maior e o desemprego feminino fica sempre acima do masculino. E quanto maior a escolaridade, maior a diferença salarial entre homens e mulheres na mesma ocupação. As barreiras, visíveis e invisíveis, que mantêm as mulheres fora dos cargos mais qualificados e mais bem remunerados são inúmeras: a ‘feminização’ de determinadas profissões e sua subsequente desvalorização, resistências sociais, a maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas, a falta de massa crítica de mulheres nas organizações, etc.
Mas, é certo que a mulher hoje é cada vez mais empreendedora, e o número de mulheres em cargos de chefia cresceu 30% nos últimos dois anos. O detalhe mais interessante do avanço feminino é que elas são promovidas mais rapidamente do que os homens. Com isso, ela se torna mais exigente e com uma renda em crescimento, dependendo da ocupação profissional que ela exerce, exigindo produtos de maior qualidade e personalizados aos seus interesses e perfis.
Quais são os produtos ou serviços que as mulheres mais consomem?
Com certeza, as consumidoras estão procurando produtos mais saudáveis e inovadores, que sejam seguros e de prática utilização. Na esteira de uma tendência mundial cresce o consumo de produtos diet/light, indicados para quem precisa manter dietas restritivas ao açúcar ou está preocupado com a estética e em manter hábitos alimentares saudáveis. No Brasil, país da proliferação das cirurgias plásticas, clínicas de estética, academias de ginástica e das poções milagrosas para emagrecimento, não poderia ser diferente. Refrigerantes, refrescos em pó, sobremesas, pães, sopas, pratos prontos congelados e até o cafezinho com baixas calorias tornaram-se itens obrigatórios na dispensa de muitas brasileiras. Por modismo, vaidade ou maior atenção à saúde, as mulheres são o público que mais faz uso desses produtos. Além disso, produtos de beleza personalizados de acordo com a origem étnica também são procurados. Além de produtos para facilitarem as tarefas no lar.
Quais são as ações que os comerciantes podem tomar para atender ao público feminino?
A mulher é a que mais compra, mas em geral assume diversos papéis, por estar comprando para vários tipos de consumidores – filhos, pai, marido e para ela própria. É preciso trabalhar as várias facetas dessa mesma mulher, promover motivações diferentes e não tratá-la simplesmente como a cliente que chega para reabastecer a despensa de casa.
Lojas com excelente ambientação, onde as consumidoras se sintam bem, aliadas ao excelente atendimento por parte dos atendentes. Os comerciantes também deveriam se preocupar em fortalecer as suas marcas junto a esses públicos. O oferecimento de serviços e consultorias para o público feminino, que facilitem a sua vida, também são fundamentais. E claro, não se pode esquecer do ponto de venda, que deve oferecer facilidade de acesso e estacionamento, ou então levar os produtos até onde as consumidoras estão, sua residência ou local de trabalho. Isso é gerar conveniência.