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People o quê? Termos da gestão de pessoas que você precisa saber

PEOPLE O QUÊ? TERMOS DA GESTÃO DE PESSOAS QUE VOCÊ PRECISA SABER

 

Vez por outra gosto de passar para você alguns termos mais atuais da área de gestão. Desta vez optei pela Gestão de Pessoas, ou o bom e velho setor de RH (Recursos Humanos). Esses termos são importantes também para qualquer profissional que se preocupa com o desenvolvimento da sua carreira e das suas habilidades e competências. 

Sempre surgem novidades, portanto, para muitos de vocês se torna difícil estar a par desses termos. Mas estou aqui para dar uma mãozinha e disponibilizar termos que estão presentes nas rodas de conversa empresariais.

Muitos termos são tão recentes que ainda estão sendo utilizados no mercado pelo seu nome em inglês. Não sou adepto dos estrangeirismos, mas se trata de uma prática de mercado. E, com o tempo, acabam se incorporando ao vernáculo das empresas e das carreiras de muitos.

Vamos a eles?

A Inteligência Artificial (IA) (AI em inglês) é uma tecnologia que tem revolucionado inúmeros setores de atividade empresarial com um trabalho mais ágil e inteligente. Percebemos que ela é cada vez mais aplicada na Gestão de Pessoas como propulsora de estratégia de recrutamento e seleção mais apurada.

Agora é a vez de um sigla, a ATS (Applicant Tracking System), que se trata de  uma plataforma de recrutamento que junta em um único lugar todos os recursos necessários para analisar, selecionar e recrutar talentos de forma simples, rápida e baseada em tecnologia. Já se percebe que alguns deles utilizam tecnologia de IA.

Este termo pode ser mais conhecido? O Burnout, que é visto como um estresse avançado, configurando-se no esgotamento físico e mental do profissional ou de um time de trabalho. Este é um dos termos técnicos de Gestão de Pessoas bastante utilizado pela área em virtude da crescente discussão sobre saúde mental no trabalho, ainda mais em momentos pandêmicos como os que vivemos atualmente.
Quando nos referimos ao conjunto de medidas e normas que promovam o desenvolvimento de um negócio a partir das suas próprias diretrizes, nos referimos ao Compliance. Esse conceito facilita o diagnóstico de eventuais desvios ou inconformidades. As organizações precisam escrever suas políticas internas, normas de conduta e manuais de procedimentos de forma clara para que todos saibam seus limites, responsabilidades, direitos e deveres.

Chegamos a outro termo mais comum, mas super importante, a Cultura organizacional, que é o pilar institucional a ser seguido pela empresa, e que são aplicados em sua rotina. Costuma-se dizer que sem cultura não há estratégia que dê certo em uma organização. E a cultura determina o sucesso do que se planeja. Olho nela!

Fala-se muito sobre educação continuada para as pessoas nas empresas, então o termo E-learning trata da modalidade de ensino a distância por meio da internet e outros meios eletrônicos ou digitais. Hoje nas organizações também podem auxiliar na criação das trilhas de aprendizagem. Mas já percebemos a utilização do Deep Learning (DL) (aprendizagem profunda em português) que é uma tecnologia avançada que treina máquinas a aprenderem tarefas como seres humanos. Na mesma vertente que a IA, Deep Learning ganhará mais espaço nas estratégias da Gestão de Pessoas a cada dia.

Assim como a AI e DL, também influenciará o futuro do recrutamento nos próximos anos a Machine Learning (ML) (aprendizagem de máquina em português), que é outra tecnologia, que busca, a partir de estatística e algoritmos, ensinar máquinas a partir de padrões e experiências. 

Já a modalidade de uso das ferramentas online para o recrutamento e seleção de profissionais se chama E-recruitment. Um dos termos usados em recursos humanos com a chegada das soluções tecnológicas no setor. 

Aqui vai um termo que já foi tema de um artigo meu anterior por aqui: a Employee Experience. Cada vez mais, a retenção de talentos será um dos pilares em qualquer organização. Para tanto, o gestor de pessoas precisará investir em experiências positivas que engajem os seus colaboradores com a cultura organizacional e propósito. A employee experience é muito útil para isso e deve estar na pauta estratégica.

Sabe aquele termo que estamos ouvindo muito nos dias de hoje nos movimentos sociais, então o termo original veio da área de pessoas. É o Empowerment (ou empoderamento), que se refere à delegação de autonomia e autoridade aos colaboradores para que tomem as decisões e assumam mais responsabilidades.

Já falei aqui da experiência do cliente consumidor ou usuário, mas e da experiência do candidato à vaga de emprego? Conforme os processos seletivos ganham novas proporções e complexidade, os candidatos são também enxergados como clientes, a experiência proporcionada deve mudar drasticamente. Por isso, a experiência do candidato é um termo que deve ser acompanhado pela empresa. Possíveis insatisfações no processo podem afastar bons talentos e até prejudicar a imagem da marca.

Some a isso a jornada dos colaboradores e até dos candidatos à vaga de emprego. Ela é uma ótima metodologia para visualizar os vários estágios através dos quais não apenas o cliente (já falei disso aqui nos artigos algumas vezes), mas também como o colaborador se relaciona com a empresa e vice-versa, permitindo a identificação de pontos problemáticos e momentos críticos em que o feedback e melhorias necessárias.

Nesse processo de jornada identificamos a ferramenta Funil de recrutamento. Ele engloba todas as etapas da contratação de novos colaboradores, e é de grande ajuda na hora de identificar pontos de melhoria e ações que podem aprimorar as taxas de aquisição.

Headcount é a métrica que demonstra a quantidade de colaboradores em uma empresa. A partir dela e de suas variações, é possível construir uma projeção de crescimento do quadro de funcionários que acompanhe o desenvolvimento estratégico da empresa. Existem outros KPI’s (indicadores chave de desempenho) que devem compor um conjunto de métricas cada vez mais complexas. Tente entender quais são importantes para o seu setor de atividade.

É importante que a empresa possua Job Description ou a descrição do trabalho a ser feito. Um documento interno que afirma claramente os requisitos essenciais da vaga, seus deveres e responsabilidades, além das habilidades necessárias para desempenhar uma função específica.

A estratégia de atração de talentos se chama Inbound Recruiting. Ela deriva do marketing digital. Busca atrair os candidatos e nutri-los com conteúdos interessantes e pertinentes durante todo o funil de recrutamento. É uma estratégia que auxilia na construção da marca empregadora e no desenvolvimento de um Talent Pool engajado (falo desses dois termos mais à frente).

Nessa linha, o Onboarding é o trabalho de orientar e capacitar os colaboradores recém-contratados, para que assimilem rapidamente a cultura e estrutura da empresa.

Falei muito já sobre a marca de uma empresa ou de um produto. Agora vou apresentar outro tipo de marca: a marca empregadora que é o cartão de visita da sua empresa. Ela espelha a sua cultura e valores, e ajuda assim a recrutar talentos mais alinhados com o seu propósito. 

O Endomarketing, também conhecido como Marketing Interno, é uma estratégia que visa a aproximação, retenção e encantamento dos colaboradores de uma empresa, que são os principais responsáveis pelo sucesso de uma organização. A marca empregadora deve ser muito bem trabalhada nessa questão.

Dados estão com tudo, certo, por isso que a área de Gestão de Pessoas usa o People Analytics. Essa análise de pessoas é o método que utiliza a coleta, organização e análise de dados sobre os colaboradores de uma empresa com o intuito de aprimorar a gestão estratégica dessa área.

Recrutamento data-driven é a aplicação de dados na estratégia de aquisição de talentos. É de extrema importância que as decisões, nesse processo, sejam baseadas em fatos. Por isso, esse termo precisa estar na pauta de todo gestor de pessoas desde já.

Quando se trata de falar sobre a requalificação das habilidades de um profissional com o intuito de melhorar seu posicionamento no mercado de trabalho falamos de Reskilling. É importante tanto para quem busca por vagas como também para os colaboradores de uma empresa. E como você está trabalhando as suas habilidades, tanto comportamentais quanto ferramentais?

Já que se fala de métodos ágeis por aí, é importante que a organização possua um RH Ágil também. Ele aplica metodologias ágeis para que o setor torne-se mais orientado a resultados, melhore a qualidade das entregas e aprimore a agilidade dos processos. A discussão sobre esse tema tende a crescer muito, portanto, fique de olho.

Pessoas que são chamadas de Talent Advisor, são os profissionais que “extrapola a caixa” de recrutador e torna-se um orientador de carreira ou um mentor. Pode ser um grande parceiro.

Também conhecido como banco de talentos, o Talent Pool possui como princípio atrair os talentos para uma vaga que será aberta em breve em uma empresa. Vemos, atualmente, que essa estratégia se junta à nutrição e engajamento da base, nessa tem vários termos novos hein?).

Finalmente, chegamos ao Upskilling que trata da melhora das competências técnicas e habilidades interpessoais já existentes no profissional. Essa ação tem o intuito de aprimorar pilares e atua em conjunto com o reskilling e as power skills, igualmente fundamentais.

Espero que tenha contribuído para um melhor entendimento desses jargões da gestão de pessoas e para a evolução da sua carreira profissional. Faltou algum? Me conte.

Prof. Alberto Claro

Doutor em Comunicação Social; Professor de Administração da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo; Investidor-anjo em empresas de tecnologia, entretenimento e gastronomia; Diretor de Comunicação (voluntário) da Casa da Esperança de Santos®; Palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing.

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