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Branding: como ele funciona nos dias de hoje

Branding: como ele funciona nos dias de hoje
O que você vai encontrar nesse conteúdo:
Adoro estudar sobre branding
A estratégia para construir uma conexão emocional significativa e duradoura de alguém para com sua empresa é infinitamente fascinante! Tenho pensado muito sobre como a vida na via rápida do marketing está mudando… como funciona o branding nos dias de hoje? Alguns autores, defendem que, neste mundo de densidade de informações avassaladoras, o branding é mais importante do que nunca (embora a forma como chegamos lá seja radicalmente diferente!). Ultimamente, tive algumas experiências que me fizeram pensar… O que consideramos “melhores práticas de branding” está realmente em declínio? Vamos ver o que você acha…
O que há em um nome?
Alguns anos atrás, eu estava no mercado em busca de uma calça nova. As opções são tantas e eu não queria perder tempo fazendo pesquisas (aliás nem gosto), embora a decisão representasse uma parte crítica do sucesso do meu estilo de vida como viajante e como professor. Lembrei-me de que um amigo meu, entendido de moda masculina, havia postado recentemente sobre uma nova calça que comprou. Ele se encantou com a qualidade e versatilidade da peça. Entrei em contato com ele, encontrei a marca e fiz a compra em minutos. Dois anos depois, eu estava contando a outra pessoa sobre essa compra e não conseguia lembrar o nome da marca. Literalmente, eu teria que entrar em meu armário e olhar para saber quem a fez. Há uma lição interessante sobre branding nesta história.
Mudando a dinâmica de uma marca
O primeiro ponto é que não houve marketing ou publicidade “tradicional” que pudesse ter influenciado minha compra dessa calça. Meu amigo era um especialista confiável (um influenciador para mim) e comprei com base apenas na recomendação dele. O nome da marca e sua estratégia de marketing não importavam, pelo menos para mim. Dois terços do nosso marketing ocorrem sem nós. Esta compra é um exemplo perfeito. Após a compra não mantive nenhum vínculo com a marca. Sem newsletter, sem conteúdo de marca. Honestamente, eu só quero ter uma calça para vestir. Nada mais. Não preciso de notícias de calças em minha rotina. A calça que comprei é apropriada para o meu dia a dia. Em algum momento, precisarei de uma nova. Desde que a primeira me atenda durante a sua vida útil, provavelmente comprarei o mesmo produto mais à frente, embora nem me lembre do nome. Estou comprando por hábito, não necessariamente por causa de algum esforço de marca. Claro que é assim que compramos a maior parte de nossas compras – hábito. Em um mundo onde postagens e análises de mídia social dominam desproporcionalmente as decisões de compra, o branding é algo mais sutil do que grandes campanhas publicitárias e jingles. Onde isso está indo?
Como funciona o branding nos dias de hoje?
Tenho visto várias opiniões ultimamente de que nossa ideia tradicional de branding acabou. Alguns profissionais de marketing de grandes marcas afirmam agora que nosso trabalho é tornar nosso produto relevante em momentos culturais. Como seria isso? Digamos que houve uma “falha” no estilo de se vestir de alguém na web — alguma notícia sobre alguém azarado que se tornou um meme ao colocar uma calça sem combinar com as outras peças de roupa. Tipo eu. Será que essa marca de calças poderia fazer um comentário engraçado e humano que nos lembrasse que esse infortúnio nunca aconteceria com seus produtos? O timing teria que ser impecável, a linguagem correta, mas isso poderia colocar a marca na minha frente. Pode até criar emoção para o produto.
A evolução da marca
Então, vamos voltar à pergunta original: como o branding funciona nos dias de hoje? Aqui estão algumas coisas que parecem ajudar na resposta, mesmo tendo muitas mais:
  1. Uma marca costumava ser o que dissesse a nós. Hoje, uma marca é o que as pessoas dizem umas às outras.
  2. Dois terços do marketing das empresas estão correndo sem elas. A nova estratégia de marketing exige que consideremos como podemos conquistar esses dois terços. Uma mentalidade totalmente nova!
  3. O conteúdo de marca provavelmente só é relevante se passar para a “conversa de dois terços” e for usado pelos fãs para divulgar uma história de marca relevante. O valor econômico do conteúdo que não é visto e compartilhado é zero.
  4. Com o fim da publicidade (estamos em um mundo de streaming!) Acredito que essa ideia de construir “faíscas culturais” de marca em vez de acender as tradicionais “fogueiras” tem mérito. Estou ansioso para explorar essa tendência.
  5. Cada vez mais a marca pessoal é a marca. Não sei quem fez minha calça. Meu amigo é o rosto da marca para mim.
  6. Eu absolutamente acredito que a marca é mais importante do que nunca. Mas como funciona a marca? Isso está passando por uma transformação, literalmente mês a mês agora.
Como eu disse lá no início desse texto, ainda estou aprendendo sobre como o branding funciona em tempos atuais. Só tenho certeza de que o “branding” é muito diferente do que era há cinco anos e será diferente daqui a cinco anos (meses?)  Se junte a mim nesta jornada de aprendizado e deixe suas ideias lá no meu Linkedin

Prof. Alberto Claro

Doutor em Comunicação Social; Professor de Administração da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo; Investidor-anjo em empresas de tecnologia, entretenimento e gastronomia; Diretor de Comunicação (voluntário) da Casa da Esperança de Santos®; Palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing.

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