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Como citar e referenciar entrevistas com sujeitos em um trabalho acadêmico-científico

COMO CITAR E REFERENCIAR ENTREVISTAS COM SUJEITOS EM UM TRABALHO ACADÊMICO-CIENTÍFICO
O que você vai encontrar nesse conteúdo:
A IMPORTÂNCIA DE SE REFERENCIAR ENTREVISTAS
Uma dúvida recorrente apresentada por pesquisadores e alunos é como se deve apresentar no texto, citar e referenciar uma entrevista concedida por um sujeito em pesquisa, o que é muito comum quando a escolha metodológica é qualitativa ou baseada em triangulação. Cometer erros nesse momento, entre outros, é comum.
 
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Essa questão das entrevistas possui muitas variações de entendimento e preferências, portanto, vou deixar aqui as minhas práticas e mais algumas dicas de qualidade que encontramos nesse mundão virtual.

MINHA PRÁTICA EM REFERENCIAR ENTREVISTAS
Particularmente, eu gosto de deixar as citações extraídas de entrevistas em formato próximo ao formato de citações longas no estilo ABNT, NBR 10520:2002 e a NBR 6023:2018 que tratam do tema.
 
Mas não já uma regra rígida e sim um senso comum ou uso comum/popular.
 
Algumas instituições explicitam essas em seus manuais de orientação, ou cada orientador tem o seu estilo na hora de pedir isso ao seu aluno, ou ainda, cada pesquisador tem a sua forma. 
 
Um exemplo fictício de referência de entrevistado (quando se identifica o sujeito) baseado no que diz a NBR 6023:2018
 
CICRANO, José Beltrano Fulano. O nome popular: depoimento [jun. 2013]. Entrevistador: J.A.C.S. Claro. Santos: UNIFESP, 2022. 1 cassete sonoro. Entrevista concedida ao Projeto Nomes Populares.
 
O Sobrenome SILVA que poderia ser citado no texto, como (CICRANO, 2022) pode também ser substituído pelo nome de ENTREVISTADO (se tiver mais que um pode-se numerar a partir do 1 – um) e se usado ao final do trecho usado literalmente e colocado entre parênteses. O recuo do parágrafo com a citação deve ser de 4 cm da margem esquerda e o tamanho da letra um ponto menor do que o do restante do texto, conforme a NBR 10520:2002.
 
O QUE A ABNT DIZ SOBRE ENTREVISTAS
Um exemplo fictício de citação de entrevistado (quando se identifica o sujeito) baseado no que diz a NBR 10520:2002:
 
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Um exemplo fictício de referência de entrevistado (quando se identifica o sujeito) baseado no que diz a NBR 6023:2018:
 
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Nesse exemplo acima, não se referencia ao final do texto.
 
 
Cuidado com a divulgação dos nomes dos entrevistados sem a sua devida autorização ou mesmo, em alguns casos, como na área da Saúde, se o seu projeto de pesquisa com seres humanos foi aprovado por um Comitê de Ética Institucional ou Independente.
 
 
 
Dicas para leitura complementar sobre o tema
 
 
BELEI, R. A.; GIMENIZ-PASCHOAL, S. R.; NASCIMENTO, E. N.; MATSUMOTO, P. H. V. R. O Uso de Entrevista, Observação e Videogravação em Pesquisa 1ualitativa. Cadernos de Educação | FaE/PPGE/UFPel, v. 30, p. 187–199, 2008.
 
BROUSTAU, N.; JEANNE-PERRIER, V.; CAM, F. LE; PEREIRA, F. H. A entrevista de pesquisa com jornalistas. Sur le journalisme, About journalism, Sobre jornalismo [En ligne], v. 1, n. 1, p. 14–21, 2012.
 
BUSANELLO, J.; LUNARDI FILHO, W. D.; KERBER, N. P. DA C.; et al. Grupo Focal como técnica de coleta de dados. Cogitare Enferm., v. 18, n. 2, p. 358–364, 2013.
 
CAMACHO, M. M. Apuntes sobre la opinión pública a pie de calle. Revista de Comunicación de la SEECI, v. XV, n. 28, p. 1–10, 2012.
 

Como citar uma entrevista no corpo do texto nas normas ABNT. Disponível em https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/como-citar-uma-entrevista-no-corpo-do-texto-nas-normas-abnt,244b2a296d7f69a280844d8a2a0e03d93xm6nnln.htm. Acesso em 23 jan. 2023

CAREGNATO, R. C. A.; MUTTI, R. Pesquisa qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto Contexto Enferm, v. 15, n. 4, p. 679–684, 2006.

FAPESP. Código de boas práticas científicas, 2012.
 
GARCÍA, L. F. J. Metodología para realizar biobibliografías. E-Ciencias de la Información, v. 2, n. 2, p. 1–11; artículo 3, 2012.
 
HADDOUK, L.; GOVINDAMA, Y.; MARTY, F. A Video Interview Experience. Cyberpsychology, behavior and social networking, v. 16, n. 5, 2013.
 
KIND, L. Notas para o trabalho com a técnica de grupos focais. Psicologia em Revista, v. 10, n. 15, p. 124–136, 2004.
 
LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M. C.; MARQUES, M. C. DA C. Discurso do sujeito coletivo, complexidade e auto-organização. Cência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 4, p. 1193–1204, 2009.
 
WEBER, F. A entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: Por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, v. 15, n. 32, p. 157–170, 2009.
 
Post atualizado em 17 de janeiro de 2023

Prof. Alberto Claro

Doutor em Comunicação Social; Professor de Administração da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo; Investidor-anjo em empresas de tecnologia, entretenimento e gastronomia; Diretor de Comunicação (voluntário) da Casa da Esperança de Santos®; Palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing.

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